todos gritavam palavras de ordem e eu só tinha o seu nome na boca [urrava com força] com toda força debaixo de chuva de porrada enquanto cuspia enquanto o sangue quente vazava da carne e dos sonhos e fui firme voz firme cada vez mais firme com seu nome no caos no eco do caos com outros nomes [palavrões] seu nome a girar na queda seu nome a arrastar-se seu nome no asfalto escarniado encardido fudido à bico de coturno preto seu nome só o seu nome na boca...
mas acabou!
quando todos se foram [à casa à vala à prisão] quando saíram de cena aqueles personagens [gente de esparadrapo e urina] seu nome sucumbiu pálido
morreu em minha língua
sou silêncio
você?!
você não é mais porra nenhuma!